quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Esses dias encontrei meu iniciador, literariamente falando.O livro no qual aprendi a apreciar linhas,palavras dispostas sob meus olhos.
   Não tenho vergonha de declarar que  isso aconteceu quando eu tinha 12 anos,digo isso sem tanta certeza, por que minha memória é traiçoeira, seu prazer é voltar-se contra mim,quando possível, diariamente, quando não, ela fica um pouco tristonha ,porém não deixa de pregar suas peças.
   De qualquer modo me deparei com ele, e com isso assaltou-me um saudosismo enorme, lembranças apareceram fragmentadas, sem data,apenas me remetendo a um tempo mais simplório, sem grandes dificuldades. Esse livro é um símbolo disso para mim, lembra-me a facilidade da idade, exatamente, não recordada. Talvez mais que isso, a partir dele que meus rumos foram traçados de uma maneira mais linear, ou pode ser que eu esteja colocando muita carga em apenas um livro infanto-juvenil.
   Sei que eram esses tipos de livros que apreciava quando tinha a denominação dada a eles, não gostava de Machado De Assis, Graciliano Ramos. Clarice Lispector era uma incógnita que me dava pavor por não entender um de seus fluxos. Aparentemente esse pavor surge em muitos jovens obrigados a ler obras complexas. Logo que entrei para o colegial, com uma bagagem não tão grande de leituras, deparei-me que teria que ler “Dom Casmurro”, como se isso fosse simples para uma legião de jovens que procuram um botão para abrir um livro. Qualquer um pode questionar, realmente DC não é de dificuldade extrema para uns, mas isso é totalmente inerente a capacidade intelectual de cada aluno. O que fazer? Dar livros de base antes, obras simples, de fácil assimilação, isso era pra ser feito num Ensino Fundamental, porém ,se não o é , de nada adianta assustar jovens com clássicos e assim levá-los a odiar qualquer livro apenas pelo número de folhas que neste há.
   Fugi totalmente da minha proposta aqui,aliás, nem lembro dela mais, e sendo assim só me resta falar o nome do meu iniciador: “Mistério na Casa das Runas” de Luiz Galdino.
Se alguém que não é muito afeiçoado por leituras passa seus olhos por esse blog – eu sei que isso é contraditório – não se desespere, comece pelo fácil, que a partir dele tudo se simplificará.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

À Glória Verde e Branca.




   Anos, aparentemente, intermináveis de sofrimento,rebaixamentos,desilusões.Quando pensávamos que nada poderia piorar, eis que isso aconteceu. Série C foi luta, muito mais garra que técnica, entrega, perseverança. O único jeito de voltar era aquele, apesar de alguns times não terem completado todos os estágios que os levariam de volta à elite, porém retornaram. Entretanto, merecidamente é sempre mais delicioso. Celebrar aquele acesso, que para muitos foi obrigação, teve um sabor especial, uma suspeita de renascimento que foi abalada neste  mesmo ano.
   Desacreditado por quase todos, menos pelo íntimo de cada torcedor que sabia, nutria e ainda o faz de que havia uma luz ao final do imenso túnel. De subestimado para o antônimo deste em poucos meses. Jogadores predestinados a vilões tornaram-se heróis. O errado tornou-se certo, as linhas tortas chegaram ao cume do correto.
  Nada é por acaso, nós torcedores,a comissão técnica, todos sabemos disso. Quando a qualidade técnica não era suficiente os jogadores usufruiam de algo guardado profundamente em cada um, algo que foi a tona por conta de um apoio inefável da torcida.
   Nós vencemos essa guerra, estamos reconquistando nossa honra, retornando de onde nunca deveríamos ter saído. Aprendemos a cair e levantar muitas vezes, nos abatemos, choramos lágrimas de depressão por assistir a um show dos horrores por um tempo considerável. Fomos humilhados, desconsiderados  por torcedores que se dizem assim por apreciar qualquer time da capital. Esses não vivem o dia-a-dia,estão aí apenas caçando glórias, mas,sinceramente, poucos sabem o que é isso.

Parabéns a todos os jogadores do Guarani Futebol Clube, vocês honraram o manto sagrado do maior do interior. Congratulações a comissão técnica, Vadão, Gersinho, vocês mostraram que com trabalho duro e união barreiras são quebradas.

E principalmente, parabéns a nós torcedores, que demonstramos milhões de vezes que nosso amor a esse clube é inesgotável, insaciável. Graças a nós esse clube não foi a falência. Eu tenho orgulho e sempre tive de dizer e reafirmar que no universo futebolístico você: GUARANI FUTEBOL CLUBE é meu único amor. E sendo assim me fez sofrer e tenho certeza que continuará fazendo isso, mas agora com mais pudor, por que quem está te comandando sabe os atalhos para essa paixão me fazer sorrir cada vez mais.

Lágrimas...agora de felicidade!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

À música.

  Depois de algum tempo sem postar por falta de tempo, resolvi, finalmente, dedicar algum espaço à música.
Escrevo para um site chamado Novo Metal, e como amostra do que faço deixarei uma resenha de minha autoria que acabou de ser liberada.

Resenha: Steely Heaven: Far Beyond Heaven...Right Before Hell

   Este é o primeiro full-length lançado pela banda brasileira Steely Heaven, que teve a seu favor uma ótima produção, o que facilita bastante minha missão. Antes de passarmos para as melodias, vamos às letras, que não são o ponto alto da banda.

    Por que? Porque o tema “conflito entre anjos e demônios”; “céu x inferno”, já está mais que batido, porém irei abstrair isso da minha crítica em relação à relevância com a nota do disco.

    Chegamos ao som, e encontro uma banda com muita qualidade. Músicos altamente capacitados, porém tocando um estilo para mim, quase impossível de haver inovações. Este estilo é o Heavy Metal Melódico ou Power Metal,o rótulo fica a sua escolha.

    As composições são boas, mas me passam a sensação dejavu. Os destaques vão para o ótimo vocalista Bernardo Lepore e os solos dos dois guitarristas, que são muito bem entrosados. Os teclados também estão bem dispostos nas canções.

    Sobre estas, as que mais apreciei foram: "Battle of Angels", "Arising Freedom", "M.W.N.D", e principalmente, "Flying with an Angel e Holy Light" (the Final Battle).

    Um bom cd de estréia, talvez a banda possa agregar um pouco mais, por exemplo, de Prog ou até Hard Rock nas músicas, tentando assim, algo mais original ou menos clichê, por que a banda realmente tem potencial para isso.Terminando, o cd se adéqua a sua proposta. Boa sorte ao grupo e continuem trabalhando duro! 


Muitas outras resenhas, entrevistas e notícias no site: www.novometal.com