Aquele momento em que se escorrega da vida, parte-se do suor
para a queda. Queda livre, dizendo-se bem, até o encontro provavelmente
derradeiro com a matéria. A partir daí já não se sabe mais o que é livre ou
não, já que o resultado também nos é uma incógnita, mas mesmo senão o fosse, a
interrogação continuaria. Ela sempre continua, apesar da procura incessante de
repostas, esquecendo-se sempre da pergunta. Alguns nos chamariam de burros, eu
iria mais pelo lado da ingenuidade, que de burrice muito já é justificado.
Eu estava falando
da queda, pois bem, nos voltemos a ela. Ela pode ser metafórica ou real,
falemos sobre o que existe, independente da sua escolha, porém, para mim,
aquela é, por mais bizarra e porca que seja, mais charmosa que a outra, sempre
cruel, sendo ela qual escolhemos. Entretanto, a minha voz não se faz presente
aqui.
A queda pode ser
fruto de um tropicão, o que soaria bobo, mas como estamos falando de realidade,
foi assim que se sucedeu. Tropicou-se e caiu-se. Temos atos em cadeia. Poderíamos
pensar que se tropicou, caiu-se, desfaleceu-se, morreu-se. Sem saber quem é, tudo
é muito bom e divertido.
A sucessão aqui
está clara, pelo menos para quem escreve. Quem lê, o faz como quer, caso
queira. Quando a queda de algo tão importante é vista por esses olhos, ela
vai-se em câmera lenta, pixel por pixel, para usar a linguagem mais apropriada.
O meu tropicão o fez cair, eu tentei agarrá-lo, mas meu reflexo não foi o
suficiente para poupá-lo do choque que poderia ser fatal, se o foi saberemos se
vida há.
Para medir o
tamanho da tragédia devemos ser honestos, a queda é grande dependendo do
tamanho daquilo que cai e da distância. Nesse caso, então, agradeço por
poupar-lhe a vida, ó Deus, que deve haver um que cuide dessas criaturas. Ele está
vivo, o celular sobreviveu à queda.
Muito bom, Pedro. Gostei de ser surpreendido pela queda simples de uma celular, que em suas mãos virou um belo texto poético.
ResponderExcluirAbraço.
Obrigado, Murilo. Fico feliz que esse texto tenha as qualidades por você citadas.
ExcluirAbraço.
"Blog é corrente, comente!" Caramba! Você quase me mata do coração, ainda bem ou mal, sei lá, que seja apenas, ou não, seu celular. Se ele custar menos que r$1.000,00. Ufa! Abraço do cardíaco seguidor do seu blog.:- BYJOTAN.
ResponderExcluirhahaha, a metáfora é melhor feita por quem lê. E eu não gastaria tanto dinheiro assim num objeto desses, sinceramente.haha.
ExcluirAbraço!
Olá!
ResponderExcluirÉ um grande prazer conhecer seu blog.E de cara me deparo com tão belo texto.
Já sou sua seguidora.
Grande abraço
se cuida
Muito obrigado, Maristela. Fico feliz que leia meus textos e ache qualidade neles.
ExcluirAbraço!